quarta-feira, 6 de julho de 2011

Inquietas sombras...



Reflexão após meditar sobre sombras inquietas de uma alma alheia. 

Talvez não seja possível acreditar na minha capacidade de compreensão acerca dum turbilhão de incongruências e da distância entre nós, viventes na Terra, e o plano de Deus em sua fiel execução. Mas eu compreendo sim! Confesso que meu sentimento à primeira vista, depois de notar essa discrepância, foi demasiadamente amargo para mim - é como se eu estivesse mergulhada até a cabeça dentro de um chiqueiro. E o pior - eu não escolhi estar ali -, tudo já existia "a priori", tanto as coisas boas quanto as ruins (e COMO se sobressaem as ruins no nosso julgo!). A inércia das pessoas com relação à própria infelicidade e com relação à infelicidade alheia me causavam asco. A visão acerca da vida à minha volta era cada vez mais lúgubre e turva... Foi então que eu percebi que a única maneira de mudar isso é não se deixando levar pelo que vem de fora; falo de coisas como apatia às coisas boas da vida, indiferença ao sagrado, ao santo, anestesia ao sofrimento dos seres vivos - em especial do ser humano - e por aí vai. Sentir-se mal é o primeiro passo. Talvez o segundo seja, apesar da tendência não promissora, ainda crer que há um futuro melhor esperando para ser alcançado, contagiar as pessoas ao redor com essa esperança no Senhor e, assim, não fazer parte da amargura alheia. Ser um autêntico cristão é, acima de tudo, mostrar quão grande é o amor de Deus por nós e esbanjar alegria; não falo de euforia, nem de pura satisfação sensível, mas de um olhar sereno e de um gesto despretensioso de caridade. Tentar consertar o mundo inteiro é utopia. Mas creio que temos duas chaves para a porta da verdadeira felicidade e uma não é autossuficiente sem a outra: 

1. Saber o que eu quero. Porque se eu não souber o que quero, não valorizarei o que eu tenho.

2. Buscar saber o que Deus quer de mim e valorizar a vontade Dele a ponto de buscar fervorosamente realizá-la. São duas coisas complexamente simples. Simples, porque são óbvias, qualquer pessoa que pense um pouquinho consegue identificá-las unidas como um bom caminho para ser seguido. Complexas, porque cada um tem suas amarras que não permitem a tomada de atitude.

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