quinta-feira, 28 de abril de 2011

Crucificado


Bendito aquele que andou sobre ramos
Bendito aquele que é dono dos planos
Foi Ele o crucificado
O Cristo sem mancha, sem ódio e sem pecado
É Ele Aquele que vem
Quem me segura pela mão
Quem caminha em minha direção
É Ele o Pai da misericórdia
É Ele minha Salvação
A Ele cantarei glória
Farei de minha vida uma canção
Seremos um.
Ai paizinho, tu sabes da minha fraqueza
Sabes que pouco ando sem ti e me afundo na tristeza
Ainda que fosse só de flores o caminho, meus pés ficariam cansados
Contigo, os ladrilhos são de pedra, mas leves são meus fardos
Para ti caminho, moribunda de natureza
Só por ti continuo
Em ti vejo infinita beleza
Contigo, vou adiante
Marcho rumo aos céus:
Avante!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Amanhã

O sol terá fulgor mais forte
As estrelas serão brilhantes
Não haverá dor nem morte
Nada será como antes

Amanhã...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Volta pra mim

Virão dias em que se dirá 
"Senhor, senhor"
E Tu não ouvirás
Haverá dias em que 
o doce canto dará lugar
Ao pranto e neste tempo Tu dirás:
Onde estavas tu, criatura insana? 
Toda a vida te chamei 
Onde estavas tu?
Tua vivência o sacro profana
Por que só agora vens lamentar? 
É de dor que teu peito sofre?
É a dor do ser que morre...
Não.
É a eterna ausência Daquele que te criou
Aos teus olhos deu o brilho 
À boca o sabor 
À vida o sentido
Ao dia a cor.

Onde estavas tu? 
Chega-te sem demora, ainda é tempo de voltar
Vem, descansa em meus braços

Pois só quero te amar.

domingo, 10 de abril de 2011

Encontre-se


Seja corajoso e encontre-se no meio dessa multidão. É fácil ou difícil? 
Encontre-se.
É uma verdade difícil de assumir: ver que é irreconhecível por ser tão semelhante ao próximo.

Como somos tolos ao olhar somente para nossos próprios umbiguinhos - e como eu gostaria de me libertar disso por completo, pois também sou assim. Há tantas pessoas que sofrem mais que eu. Em minhas divagações saliento mais que o necessário meus pesares mesquinhos, deixando minhas pegadas na areia molhada da praia dos meus pensamentos. Será que assim como a água das vagas varrem meus passos também será varrida minha existência da vida daqueles que amo? Provavelmente. 
Isso porque eu tenho a amarga e real consciência de que não passo de uma dessas pessoas que estão aí. 

Sabe quando essa amaríssima certeza passa a ter um sentido sublime? 

Quando eu tento catalogar todas minhas qualidades e defeitos analogamente aos produtos numa gôndola de mercado, depois de minuciosamente arrumá-los quero colocar os preços: pelas mãos eu não paguei nada, nem pela inteligência, nem pelos pés, pelos rins, pelos ouvidos, pela boca, pelo nariz... Enfim, por nada!
Quando eu quero gritar ao mundo meus anseios e uma imponente força faz meus urros parecerem um suave farfalhar ininteligível, dá vontade de desistir. Mas uma força contrária alimenta meu coração e diz siga em frente. Quando eu mendigo um abraço e um ouvido para me acolherem e me ouvir, e o que tenho é a repulsa e a ridicularização, sinto-me só; mas Deus me diz eis que estarei com você até o fim

Mesmo em meio a tanta gente, mesmo me sentindo tão só neste aglomerado, existe uma certeza: Deus me ama, me ouve, me acolhe, me perdoa, me cura, me fortalece. Somente Ele pode auscultar cada coração desta Terra, somente Ele É a Felicidade e somente Ele pode sanar todas os nossos anseios, dúvidas e necessidades. Para mim isso basta - e como eu gostaria de partilhar isso com todos os meus amigos (e até com os desconhecidos)! 

Por isso escrevo. 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

 

Acaso passo de uma brisa?
  Minha alma por Deus clama
     Pois Dele precisa.
                                                              

E eu...
                                                                        

 Passo de uma brisa?



 Fecho os olhos e ajoelho-me no chão frio
 Para os outros é tão insignificante - vazio
 Mas despida das opiniões alheias
 Meu corpo em brasa inflama
 Minha mente ilumina
 Jogo-me cansada na cama
 Com os pés para cima
 Minha sede de verdade é insana
 Oculta num corpo de menina
                                                                                
                                                                             Durmo.

Um novo dia se inicia.
E vai...

                              Suave
                                                    Como
                                                                                    a brisa.
Incógnito, macio, impreciso



Deslumbrante!

Ai, a brisa...

o dia...