sábado, 28 de abril de 2012

12 de abril de 2012

Por dias a fio a campanha no Facebook foi, no mínimo, notável. Com segundos de intervalo, os compartilhamentos de mensagens contra o aborto eram inúmeros e concomitantes, cheios de "curtir" e o que mais foi possível fazer nessa nossa "resistência passiva". Mas nós perdemos a briga.
Gente, o pessoal do STF aprovou a descriminalização do aborto de anencéfalos; o que isso quer dizer? Se você, mulher, estiver grávida e os exames acusarem que seu filho não tem cérebro (ou tem apenas uma pequena porcentagem deste), você está livre para matá-lo.  Eis a exceção do 5º mandamento! Quanta luz, meus caros, quanto discernimento! Moisés não havia pensado nisso... Na época dele não tinha ciência nem os ilustríssimos do Supremo Tribunal Federal Brasileiro para instrui-lo a respeito de algumas falhas dessa regrinha inflexível que ao longo do tempo iriam aparecer.    
E se for uma criança com síndrome de down ou com alguma doença degenerativa congênita, não aborta? A resposta é: NÃO!, ainda... Ah, mas por que não se eles também não vão produzir dinheiro para a nação e, pelo contrário, vão custar ao bolso do contribuinte com suas aposentadorias precoces e outros ônus que sua limitação física hão de exigir em mais ou menos tempo? Não seria mais lógico abortar esses em vez daqueles que comprovadamente tem uma vida diminuta, variando de horas ou dias a poucos meses? Sim, claro que é lógico; e é o pensamento difundido em países europeus - culturalmente mais desenvolvidos! - e, conte como certo, estamos caminhando para isso. Desenvolveram-se tanto que os médicos decidiram se tornar hipócritas ao juramento de Hipócrates.
O mal é sutil, é astuto. Se o pecado fosse feio, jamais o aceitaríamos de primeira. Primeiro o inimigo nos deixa distraídos, depois nos anestesia, nos esfria, nos deixa indiferentes aos desejos e às dores de Deus, nos confunde e faz a festa: leva-nos consigo para onde a presença de Deus não é bem-vinda; por fim, ficamos com a sensação de derrota típica daqueles que não aceitam o Amor Incondicional de Deus em suas vidas e não tem dentro de si um sentimento de gratidão Àquele que de graça nos ama. 
Os confessionários estão vazios, mas os consultórios de médicos psiquiatras e de psicólogos estão lotados. As crianças só faltam nascer com  um plug USB para conectar o controle do videogame na mão, os jovens vivem chorando pelos cantos cantando músicas depressivas e muitos tentam até se matar por não encontrar sabor nem sentido para as próprias vidas, os adultos cada vez mais cedo vão colecionando os fios brancos na cabeleira com preocupações financeiras. E a gente ainda chama isso de "progresso". Um dia após a aprovação da lei (sexta-feira 13), lá estava na frente do Palácio da Alvorada um bando de mulheres comemorando a matança legalizada - isso sim é que é bruxaria! Aí sim eu vi um real progresso quanto à má fama do dia.
Sabe o que tranquiliza meu coração diante dessa vitória temporária do mal? É que todas as conquistas do inimigo só servem para evidenciar o povo de Deus, para deixar mais vivas as palavras de Cristo através do apóstolo Paulo: Tudo é permitido, dizeis. Mas nem tudo convém. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica. (I Co 10, 23) Onde a escuridão é completa, uma pequena fagulha faz um verdadeiro clarão, onde reina o ódio e a morte, nós somos chamados a amarmo-nos uns aos outros, pois nisso conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.(Jo 13, 35) 

Muito grata pela sua paciência, caro leitor. Deus abençoe você e toda sua família. Que esteja inflamado em seu coração o amor incondicional a Jesus Cristo por dias sem fim e a alegria de ser cristão irradie em seu olhar e transborde em sorrisos para sempre. Amém.

Feliz, feliz mesmo é aquele que conta com a luz do dia e com a escuridão da noite e só.
Todo o restante sobra, pesa, dissipa ou vira pó... Não falo com revolta ou tristeza, mas com imensa alegria de quem descobriu um tesouro. 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

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Sofro de uma doce e suave imposição que me obriga - livremente - a olhar para o céu e aguardar serenamente o plano de Deus. Parece ilógica a relação estreita entre a imposição e a liberdade, mas esse misto de sofrimento e alegria, dor e afeto, incerteza e fé trazem ao meu coração uma profunda experiência com algo que eu não havia tido muito contato até então: a esperança.