domingo, 26 de junho de 2011

Os dias estão frios

Talvez o frio maior seja aquele que vem de dentro.
Não o frio da chuva ou do vento que vem de fora.
Mas o frio da solidão, da saudade, da vontade de um abraço... de ir embora.
O frio do silêncio de uma palavra de amor, de carinho
O frio de estar sempre sorrindo e sozinho...

É assim o herói das histórias em quadrinhos
Sem poder confiar em ninguém plenamente
Sem poder amar pessoas, além do seu ideal em mente
Mas eu não sou uma heroína de quadrinhos...
Eu gostaria de poder amar uma pessoa mais que os números

Uma questão me ocorreu esses dias: se coisas foram feitas para serem usadas e pessoas para serem amadas, por que amamos as coisas e usamos as pessoas em vez de amar as pessoas e usar as coisas?
Tenho comigo que "não encontrar" o amor nas pessoas não é bem o motivo para o problema, mas sim outros dois motivos:
1. As pessoas querem ser usadas;
2. Pessoas tem livre-arbítrio - e isso permite a assertiva acima.

Caso essa minha elucubração fosse falsa, todas as pessoas do mundo aceitariam o amor de Deus passivamente (como as coisas "sabiamente" aceitam) e tudo o mais seria claro como a luz do sol - simples assim.
Agora a questão é outra: por que escolhemos coisas más quando temos coisas boas a nossa frente? Não vemos? Não queremos? Por quê? Talvez o objetivo de Deus ao nos dar o "poder de escolha" seja permitir que escolhamos amar, odiar, adorar, viver e, assim, "conquistar" nossa salvação ou nossa perdição. Nós escolhemos o que queremos ter e ser. Isso não é uma negação ao Plano de Deus, mas uma condição necessária para que ele aconteça de forma perfeita em nossas vidas, atestamos a Sabedoria suprema de Deus e o nosso total reconhecimento à soberania Dele. Essa nossa capacidade de escolher exatamente aquilo que Deus quis para nós é o que nos leva ao Céu - é para que nos sintamos Filhos e não escravos do Pai que Ele nos deu essa liberdade, não para destruirmos nossos corpos e nossas mentes.

Eu detesto jargões, mas vale a máxima: "As perguntas é que movem o mundo e não as respostas". Então... fico eu com outra pergunta: por que escolhemos errado?

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