domingo, 12 de junho de 2011

Soneto não destinado




Quero que tu sejas para sempre meu amor
Leva-lo-ei aqui no peito vá aonde eu for
A meus olhos sob bruma vem tua face sorridente
Entregue à paixão dize adeus ao eu carente

Quando fores me dizer que sincero é teu amor
Olhe nos meus olhos e traga-me uma flor
Cante versos bem sonoros com sílabas cadentes
Abraça-me e beija-me qual criança inocente

Depois faz-me um favor, sê deveras cintilante
Doce semblante, meu amor, qual sol luminescente
À Terra incandescente dá-se todo em calor.

Sê devoto por inteiro, meu fiel trovador
De janeiro a janeiro, cante glórias insistentes
Pela graça que tu tens de ter um grande amor.


P.S.: Se não tenho a gruta a se banhar da fonte do meu peito, sou a fonte a jorrar aos lençóis do leito palavras com (ou sem) sentido de um jeito assim: apaixonado. Preciso cultivar em mim esse meu lado antes que ele desfaleça pela falta dum ser amado e quando aqui ele chegar, apenas encontrar a sombra do que foram os dias de poemas já cantados.

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