domingo, 21 de agosto de 2011

"Tomai, este é meu corpo; bebei, este é o meu sangue"


Olá, pessoal!
Salve Maria! 
Há algumas semanas, uma ideia me 'atormentava'; não de maneira ruim, mas um 'santo tormento'. Tal ideia era uma espécie de ordem, tão suave que parecia vir da própria Mãe de Deus: comungue de joelhos, minha filha. Eu fiquei me questionando durante um intervalo de tempo, achando a atitude exagerada numa missa, poxa, de joelhos?! Pra que 'tudo isso'? Não imaginava tamanha graça... Esses dias, como que involuntariamente, nem me dei conta, estava ajoelhada diante do sacerdote local para comungar. Voltei para o banco; meu coração parecia que ia sair galopando e uma emoção indescritível tomou conta do meu ser. Eu não sei como explicar o que aconteceu naqueles momentos seguintes; a única coisa que eu sabia dizer em pensamento era Obrigada, Senhor, tão grande é a Tua misericórdia para comigo repetidas vezes. Ao aquietar meu coração, brotou uma sucessão de pensamentos, como que um filminho ou algo parecido com uma leitura linear e eles me diziam: como você acha que estava Maria, a Santíssima Mãe de Deus ao recebê-Lo em seu santo ventre? Acaso ela estava de pé distraída ou ajoelhada em oração e adoração a Seu Senhor? Não se preocupe com o que os outros lhe dirão, com a impressão que possam ter do seu gesto, apenas faça-o agora e sempre. Eu senti uma paz imensa e uma alegria perfeita nesse instante. Posso garantir a todos que essa é a melhor forma de se comungar - é claro que estou falando aqui apenas do aspecto externo e nossa devoção e amor ao Santíssimo Sacramento deve ir muito além disso; nossa comunhão deve ser plena; nossa conduta, nossos atos, nosso coração, TUDO deve estar buscando constantemente agradar a Jesus. 

O Santo Padre, Papa Bento XVI, desde 2008, restaurou o uso do genuflexório para a Comunhão em suas Missas em Roma, o que causou grande surpresa em muitos.
Sobre a atitude do Papa, fala Pe. Paulo Ricardo:

A primeira coisa que me espantou: descobri que a comunhão na mão - que é algo que podemos fazer, porque é permitido - ela é uma exceção, segundo a lei canônica; ou seja, canonicamente a forma normal, comum, corriqueira de se comungar é na boca. É isso que foi colocado na legislação por Paulo VI e está em várias legislações de João Paulo II. Mas desde que Paulo VI concedeu a comunhão na mão, ela é claramente uma exceção, permitam-me a redundância, excepcionalíssima. Vamos ficar com a verdade: a atual legislação da Igreja diz que a comunhão normal é na boca. 
(...)
Quais são as razões de Bento XVI agora estar dando a comunhão na boca e de joelhos? O Papa já falou algumas vezes, quando ele era cardeal, e ultimamente ele tem falado através dos seus ajudantes. Portanto, as informações que vou passar aqui são de ajudantes do Papa, como seu mestre de cerimônias, Mons. Guido Marini; o ex-secretario da Congregação para o Culto Divino, Dom Ranjith, e o atual Prefeito da Congregação para o Culto Divino, cardeal Cañizares. O Papa acha que nós estamos correndo um risco muito grande de perder a devoção e a fé na Eucaristia. Infelizmente, em alguns lugares da Igreja, a Presença Real de Jesus na Eucaristia está se tornando uma piada: ninguém acredita mais.

(...)
O Papa está nos dando exemplo de devoção eucarística, de verdadeira união a tradição da Igreja, mas uma tradição que sabe evoluir ao longo dos tempos; a Igreja sabe, como mãe e mestra, colocar o remédio certo na hora certa. E em um tempo em que, infelizmente, acontecem abusos e padres que perdem a fé na Presença de Jesus na Eucaristia, a Igreja como mãe e mestra quer renovar essa fé.

O Papa diz:

A melhor forma de expressar nosso senso de reverência para com o Senhor na Missa é seguir o exemplo de Pedro, quem, como nos diz o Evangelho, atirou-se de joelhos ante o Senhor e disse: "Retira-Te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador."(Lc 5, 8) 

Quando ainda era o cardeal Ratzinger, no livro "Introdução ao Espírito da Liturgia":

É possível que a posição de joelhos se tenha tornado estranha à cultura moderna - na medida que esta última se intrínseco tenha afastado da Fé, não reconhecendo mais Aquele perante o qual o gesto corrente e intrínseco é estar de joelhos. Quem aprende a ter fé, também aprende a ajoelhar-se; uma Fé ou uma Liturgia que desconhecesse a genuflexão seria afetada num ponto central. Onde ela se perdeu, tem que ser reaprendida, para que a nossa oração permaneça na Comunidade dos Apóstolos, dos Mártires, de todo o Cosmos e em união com o próprio Jesus Cristo.

Que nada do que escrevo seja para 'auto-promoção', mas para que Jesus seja o elevado cada dia mais dentro do meio universitário (onde vivo). Tudo isso que escrevo é para incentivar a vivência radical daquilo que acreditamos. Existe uma necessidade dentro do coração humano de se entregar plenamente a algo(ém), entregue-se Àquele que É! 

Um grande abraço! Que Maria nos ajude a permanecermo-nos fiéis e Deus nos abençoe nesta semana que se inicia. 

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