terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um segundinho da sua atenção


Abraços apertados não estão à venda, nem sorrisos espontâneos ou olhares sinceros. São coisas que o capitalismo esqueceu de produzir e que nós estamos nos esquecendo de 'consumir'. Onde eu encontro isso? Há uma prateleira com braços e dentes que me possa fornecer tudo isso sem cobrar nada? Ainda há amizades sinceras? (caros amigos, essa foi uma pergunta categórica, não se ofendam!) Daquelas a quem se liga de madrugada chorando e o amigo te ouve até amanhecer sem reclamar, com quem se canta desafinado segurando um pente? Ainda há daqueles amores para a vida toda com quem se bebe uma taça de vinho com os braços entrelaçados - olhando nos olhos; ainda existem rapazes que abrem a porta do carro, que puxam a cadeira, que provam que te amam em vez de só dizer? Ainda existem pessoas que querem viver um namoro santo e um casamento sem essa fugacidade que a mídia prega? Quem já está de saco cheio desse consumismo exacerbado e quer algo que vá além da efemeridade das coisas que se compra, dos relacionamentos que começam numa esquina e terminam em outra, dessas ideias loucas que te obrigam a abdicar de tudo aquilo que te faz bem para satisfazer os desejos de sabe-se lá quem, MANIFESTE-SE! Para isso não precisamos de bandeiras e amplificadores de som. Basta apenas abrir...
Abrir os braços
E o coração, o restante é consequência.

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